quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Alzheimer


Outro dia, um dia desses.... Começa outra vez... Confusão e euforia triste.

Sinta medo de viver seu passado. O gueto, um padre, seu juiz... Calor e fogo.

Seria cíclico? Ou reação em cadeia? Será que essa perturbação oscilante de decassílabas fônicas se exprime no contraste entre alegria e pavor da escuridão?

Como "se" chamava eu naquela época? Alzheimer, sou velho para lembrar, está na palma, mas deixa pra lá, estou cego demais para ler o bilhete entre folhas de um livro antigo. Livro esse que guarda o segredo de Victória, cheira a pêra.

Lindo! Estou sorrindo, aqui o ar é fresco, estou morto, me vejo de longe, sentado em um parapeito, caminho feliz. Será que sou frio com dizem? Investigo-me, converso com meu inconsciente, o conjunto dos processos mentais que se desenvolvem sem intervenção da consciência, enlouqueço, meus cabelos caem de estresse... Não há frio, nem calor, nem eu..." socorro! Alguém me dê um coração..." Amor platônico, conceito de abstrato, como Camões.

Simplesmente desapareço, de mim, de você, de nós, se nem sequer saber quem eu sou agora.

2 comentários:

  1. Transitar na busca do encontro. Chorar sem ser pranto e sendo. O amor por si mesmo ...é preciso que prevaleça. O desejo de deixar caminhar se confunde com o de protegê-lo..Amo

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  2. Socorro alguém me dê um coração
    Que esse já não bate, nem apanha!

    Baeeeeeeeeel :))))

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