sexta-feira, 8 de julho de 2011

Onde estará Pedro?


Antes da matéria... O divino dom inatingível de ser capaz. Com paciência me retrato a mim. Nada de muito, somente esperar, ativamente.

Pequena cidade, morando dentro de uma nuvem. Não ouço mais sirenes, as paredes não são quentes. Digo-lhes, frio! Calor aqui,vem de outra forma, digo-lhes, poros. O meu que é, confina se em si mesmo. Mais um pulmão, peste cinzenta recolhido em busca de cura.
A rua. Um menino... Bicicleta azul... Antes um barco de papel, tudo já afirmado. Os três meses ou menos, sabido. Elementais seres. Na beira do mar, rosinha,vento, vestido de chita, espera Pedro, o menino da bicicleta azul. Nada pode fazer a num ser esperar.
Foi ele, a procura de respeito. Não achou nada sensível, mas bem soube escolher. Trouxe esmola, um viés de felicidades e uma capa de ilusão. Fez figuras, transformou-se em armaduras, teve estórias para esconder.
O tal pedro, voltou antes por acaso, um amor mal acabado e um deus sol como um sinal, insight espiritual... Hoje chora, vendo a vida que melhora e vai mudando devagar. Vê-se longe, uma casa, um menino, uma chita pendurada no varal.

E antes da matéria, o espirito, Santo divino que é meu! Onde estará Pedro?

3 comentários:

  1. Penso que Pedro esteja preso dentro de si. Amarrado em seus pensamentos e condenando a si mesmo por isso.
    E Pedro, que trouxe esmola, um viés de felicidade e uma capa de ilusão, agora espera que sua bicicleta voe...
    Não seja tolo, Pedro. A bicicleta não voa, mas você sim!
    Use mais uma vez o Deus Sol como sinal. Ele não errou na última!

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  2. PS: "Amor mal acabado"? Pra mim isso não existe.

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  3. Hoje,choro, vendo a vida que melhora e vai mudando de vagar. Hoje amo a cada milímetro dessas estórias escondidas e dessas suas letras cheias de viés.
    Das perfeitas ilusões no amor: vamos.

    Esperamos e já era tempo de deixarmos de lado essa procura por respeito que nunca devera ser além dos 3 meses.

    mais linda que o mundo e certamente maior do que amar, já diria um de nossos poetas.

    Ana Notaroberto

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