terça-feira, 22 de junho de 2010

O ultimo adeus

Por que começar com sim?

Chorar? Ouvir tango? E por que das questões, se teus cigarros não te alimentam mais?

A única resposta que me disse aquele homem , eu já não lembro, disse algo sobre o caminho, acho que foi isso, o algo dito.

E que calma é essa que te aflige? Hoje se livre sou, faço por onde para te sentir, sei das angústias, sim sei. Hoje sonhei, não lembro muito bem. Mentira... Fato que lembro, mas foi infantil em demasias, o que salvo, foi a casa de madeira na montanha e a floresta até o penhasco que termina no mar, nossa que sonho... Foi perfeito ter que fugir dos dinossauros... Fugir da cidade e encontrar a todos naquele lugar...

O homem que apanha flores enlouqueceu... Tenho medo, muito medo de não saber dos reais fatos, uma fuga boa, uma covardia, o que importa! Sei de todos, finjo não saber e brinco, uma mistura de diversão e exposição... Pouco me interessa seus assuntos, vocês são todos humanos, e eu o que sou, senão um de vocês? Sou a loucura... Sinto um outro verde, que não o estampado, a maldade, não há presença... Sou a loucura... Se sou, as flores que tem a culpa, essas de peles e pelos...

Foi ao dia, ouvíamos som rural,exageramos, faltou sedução no mundo, seios, umbigos, suor, o profano que se torna divino, e o último adeus... Pobre louca mulher morta... Cabe a mim como todos duvidar, blasfemar e perguntar por que um amante homem trataria assim seu objeto adorado? Por que as flores senhor? Pobre homem, pobre loucura, pobre flor...

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Plante,escreva,furnique e sinta a estrada, o caminho

Posso falar da lacuna, da falta... Malfazejos adversos... Porém quando o faço, nada mais é do que uma manifestação de amor latejante cintilante e ao mesmo, subliminar e subversiva. Falemos de vida, pele, dor, saliva, falemos dos pêlos e do porque não tê-los, pele na pele se faz de contato, de cheiro, alergias das tais alegrias... Vestir a roupa te torna outra? Toquemos e cantemos! Isso tudo faz passar o tempo, não mais livre. Hoje sou uma puta de princípios, dôo-me para os que me pagam, mas sou tua dona K... Falo de cinema, falo de vida novamente,falemos, falemos e cantemos! O resultado disso? O sol está em algumas das casas. Não sei se preciso mais daqueles velhos heróis, ainda os amo, fato, como disse antes, sou um poço de amor, não odeio mais as pessoas e os heróis eu nunca odiei. Sei de muita coisa que nem por lástima te contaria, sou frio como o silêncio.
Ah sim, claro, sinto falta do verde, das águas e pedras do lugar que se tornou para nos, nós mesmo um dia, no caminho, chuva e frio, por muitas vezes. Não sei do meu destino, mas no fim deste ano irei para o campo e naquele meu espaço farei morada. Sinto falta... Não sei mais do breu das velas, essas de tantas cores para muitos outros nomes, eu não sei mais rezar,mas ainda sou caipira e como com farinha. A textura do chão de areia os abraços e depois voltar pra casa que também minha, disso eu lembro e trago saudade boa. Sentávamos à mesa!

Os dias de hoje, me fugiram, não mais são meus. Até o pescoço vou com o vento e tento, mas não sei ser levado, minha vovó disse que eu era levado, acho que agora é a hora de obedecer e voar, a gente não precisa de fim, na vida não há desfecho, temos sim é que voar, voamos!