quinta-feira, 13 de maio de 2010

Coando café


Filtros de papel, já não junto mais.

As poucas coisinhas que me restam, logo não restarão.

O triste é saber do engano, da árvore linda dentro negra que é o ébano.

O que incomoda, foi o favor... Obrigada sou feliz agora. Já era hora.

A doação travestida de nada, puta a beira da calçada.

Ódio, amor, opostos se misturam , tem dias.

Do fim não rio, muito menos sorrio, não choro sou homem , homem não chora, dizem.

Do fim trago incapacidade, impotência, deslealdade.

Dor bastarda... De filho não meu. De Copas Fora.

A leve sensação do brilho que a mente não lembra.

A morada vazia, como espirituosidade que não me sobra.

A pele, a roupa, o cheiro, o pensamento por inteiro.



Olhos nos olhos quero ver o que você faz.

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