segunda-feira, 19 de abril de 2010

Tire a roupa

Sou puta! Sou tua, me faço por valer-te de mim.

Quem eu sou? Já não sou mais, minha morada diz...

Uma casa vazia, uma pra lá, dois pra cá, a tristeza disfarçada inibe o sofrimento.

A alegria que me causa, o viver, a estrada...

Toda sua, sou eu, sou mulher. E com a força minhas entranhas entrelaçam suas pernas vivaz e ferozmente.

Sou a fome, sou a sede.

Venha ao deleite impetuoso, o vil prazer.

A morada? Inacabada, o caminho certo é meu.

Sou puta, sou tua.

O corpo é latente.

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