quinta-feira, 15 de agosto de 2013
A Visita
Tá, jah é, tu é foda nega.
Fazendo de tudo pra entrar na minha vida. De novo?
Cê Acha que eu num me liguei no teu jogo?
Fez visita, mostrou foto, falou de vida, caminhos, eixo, trilhos..
Contou várias estórias fofas, fodas, dos nossos filhos..
Pow, pow mó saudade...
Sabe que disso sempre me queixei de verdade, ponto fraco.
Lembrar dos nossos moleques brincando,
correndo, sempre me abalo, Fico sisudo, tipo chato, vai vendo..
(uhm que café bom! É do que eu comprei, orgânico?) Sim..
Mas, fala tu, diz ai? O que mesmo te trouxe aqui?
Gostou da casa nova? maneira né?
lá traz ta em obra, logo vai formar uma caxanga foda.
Acende aí um incenso, um beck e me responde,
Cade aquele valete que tu pensou que ia chamar de teu homem?
Tu sabe que ninguém, pra tu, vai ser quem eu fui,
ih relaxa, podem vir vários que ficarão pra trás,
desse lugar eu não caio mais,
se fosse esperta me assumiria, então
pára de se enganar,gata e fica na ativa.
(que isso gatinho? ta nervoso?)
Foi mal a prepotência ou arrogância, não me dou bem com a lembrança se há
uma ervilha no colchão, tipo daquela tua estória, daquele livro na estante,
da tua tia, empoeirado do lado do meu de fotografia,
Que tu me deu de presente naquele nosso dia.
(De boa nego, vim aqui, deu saudade, queria te ver de novo)
To ligado, saquei tua maldade, mais cedo ou mais tarde te encontraria,
essa cidade é um ovo.
seis meses atrás você quebrou minha casa toda dizendo que não voltava mais,
brigona marrenta, sempre foi dominadora.
Foi embora e era inverno, mó friaca,
num quis nem ouvir as minhas jurar de amor eterno
Foi e até agora não voltou,
tipo, pra comprar cigarros, nem ligo.
E olha que eu te conhecia desdos 15 anos, adolescente cheio de espinha,
mas comigo formava vários planos,
até teve uma vez que você falou em gravidez,
coisa de perder a lucidez,
parceiro,fiquei bolado, nova,nova,
já querendo um bacuri do lado.
Foda -se amarradão segui em frente.
Inconsequente, nossos pais são meio ausentes,
antes uns conselhos pra gente.
E quando crescemos de dois, viramos nós três,
mas depois com o segundo, paranoia, várias crises,
sumiu e agora eu só penso em vocês.
E os vizinhos de disse me disse.
A favela já falando que insistir no erro é burrice,
melhor que tu ouvisse e logo sumisse.
Deixasse de criancice, de historinha de modelo e miss.
Aham, já é, Mas a vizinha fofoqueira e chata além disso,
te explanou que eu parei com esse papo de ficar consumindo pó,
to legal, to tranquilo, já me sinto melhor.
Só não entrei pra igreja por que não entendo nada de Matheus, Judas ou Jó;
mas sei que de um desse Jesus, amigo não era o melhor
E com clima formando, Olho no olho, tu sem graça pergunta "onde é o banheiro?"
Eu malandramente te agarro e te robo logo beijo,
mão na cintura, com meu rosto, um carinho do ombro ao queixo.
saudade é foda, senti sua pele e já arrepiei inteiro,
abraçado te prometo,
já to tranquilo, limpo, e um trampo essa semana eu vejo.
Uma bela visita que esperava meses,
já que voltou, vê se aparece um dia desses
Pois a vida seguiu mostrando que o destino fez -se
e lá em casa tranquilão, fechamo em quatro,
eu e minha velha embaixo na casa, e os moleques no puxado
e agora meio coroa, quando falo do passado..(risos)
Ouço ela cantar do quarto...
(Refrão)Que foi aquele jeito apressado de querer vencer
Quase nos deixou mal
Mas nada há de abalar nossos planos
Você vai ver que com o passar dos anos
O que falta pra nossa felicidade
Jah vai providenciar, Jah vai providenciar
quarta-feira, 24 de abril de 2013
A morte do Tarô
Hoje o mundo é verde. Verde meu coração,
Se me faço desatendo, ora saiba quero não.
Admito que perdi, doce e bruta conclusão
Relento frio, que refaz, bruta essa união
(quereres).
Seja Odara, ou algo em flor. Vida, uma
breve questão de existência. Toda marcada por um sei não.
De lactobacilos a maduros vacilos tanto faz
ser homem se nem sei onde é sertão. E se esse mundo eterno chora? Tento uma dessas
tais soluções.
E qual dessas covas estas?
É o lírico que tiraste em vida.
A culpa não é do tento, nem do desatento.
Assumo essa. E se é minha ponho em mim.
Partilha tua partida. Joga ao mundo o que
te pena. Defesa tua e o que interessa.
Oh, e agora tu? Mais eu!
Pobre de nós que nem sabemos nos ouvir... Que nunca soubemos, que de fim fizemos. Corda roemos.
Pobre de nós que nem sabemos nos ouvir... Que nunca soubemos, que de fim fizemos. Corda roemos.
Sorriso no olho, não sei que é carinho. Não
plantei nada sozinho, mas reguei tudo direito. E os três meses de prisão, cresceu numa invernada. Já tarde. Tipo sereno
que de tão leve espeta a carne.
Isso arde sabia? Dói feito surra de
araçá...
Fale desse gosto doce e
amargo que mata a gente mais que arroz pra pombo e prende pardal feito visgo de
jaca no capim.
Fale dessa delicada vida só que não, e de todos os seus outros hastags só que sim!
Fale dessa delicada vida só que não, e de todos os seus outros hastags só que sim!
Me põe no seu colo e
ponha-se a chorar.
Ora senhora, Minha.
Os pecados e o maxixe não
se faz a mil, se faz a um de dois num. E agora como vou dançar o maxixe nesse
choro, chorinho, chorado. Errei Inocente.
Vamos chamar o tempo!
Vamos correr dele, contra ele! Ah, audaz e petulante tempo, estou à espera de
uma nova morte. A do tarô.
Recrie suas essências,
misture um novo cheiro.
Se partido é bom, imagina
tu inteiro.
Faça do teu ego uma mandala budista. E seja
mais simplista.
Ou algo de natureza mista...
E se der errado, põe um fone, chora, e vai dar
um role na pista.
Apruma teu peito e acalma-te. Oh alma.
Queira ou não.
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Lapa
Que corpo é esse?
Tange ruas. Sarjetas.
Marcas e lutas, biomecânica apta.
Vagabundo. Educado e oportuno. Abençoado, amada, amado.
Carvão e tela, movimento e capoeira, Rio antigo e presente.
Corre ágil, de malandro solto, de malandro filho.
Que energia é essa? Te vejo e me vê. Quem pensa o quê?
Você teme?
Intercostais, seu nome é fome.. Casa e medo.. Dor fugida.
Estupro. Vida. Rio de tudo, Sorri do alto, vendo toda igual e indiferente gente.
Homo-massa, embriagada.
Sem-pernas do presente, teu destino é vôo. Sem asas.. Aqueduto...
Em menos de um segundo. Chão!
Mas... Sofrer? Dizem que esta melhor agora.
Afinal é carnaval... Morre mais um Orfeu.
Choro só nas cinzas, e de quarta-feira se fez fumaça.
Tange ruas. Sarjetas.
Marcas e lutas, biomecânica apta.
Vagabundo. Educado e oportuno. Abençoado, amada, amado.
Carvão e tela, movimento e capoeira, Rio antigo e presente.
Corre ágil, de malandro solto, de malandro filho.
Que energia é essa? Te vejo e me vê. Quem pensa o quê?
Você teme?
Intercostais, seu nome é fome.. Casa e medo.. Dor fugida.
Estupro. Vida. Rio de tudo, Sorri do alto, vendo toda igual e indiferente gente.
Homo-massa, embriagada.
Sem-pernas do presente, teu destino é vôo. Sem asas.. Aqueduto...
Em menos de um segundo. Chão!
Mas... Sofrer? Dizem que esta melhor agora.
Afinal é carnaval... Morre mais um Orfeu.
Choro só nas cinzas, e de quarta-feira se fez fumaça.
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