segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Felicidade capital.




Pare e perceba. Pense na sua via, caminho, pense nos momentos e fragmentos do que chamamos de vida, só nesse plano, pense.

Você está feliz? Está feliz com seu carro novo? Seu novo namorado? Está feliz por ter conseguido o emprego que sempre quis?

E sua nova religião, traz-te paz, certo?

Repare nos demais, olhe a volta... Tanta gente fazendo o que gosta, ou o que não gosta, mais querendo sua luz no fim... Eles são felizes?

E se de repente nos vermos velhos, velhos demais pra perceber que já fomos engolidos pela vontade de sermos felizes, ambição humana, bonita, barata e digna. O que vai fazer? Vai ver o filme Into the Wild e se emocionar? Vai ter vontade de fugir do mundo social dos homens? Vender o seu fusca e correr do país emergente onde habita? Ou vai se vender para a felicidade e comprar - lá, diga - se de passagem, com ou sem dinheiro.

Chega a ser engraçado, irônico talvez. Não podemos fazer nada, vamos continuar vivendo, e alimentando nossos fomentos à salvação feliz, por mais que tentamos nos alternar seremos apenas alternativos. E não ache que a morte facilitaria tudo, você seria apenas um suicida.

A busca é o instinto, não há saída para novos hábitos, ou talvez alguém saiba desse lugar, um anjo, um deus? Mas acho que nem esses.

Veja você, todo o paradoxo. Sabemos dessa procura, busca instintiva existencial, mas ao mesmo não a nada que façamos para burlar e existir de outra forma, então renda - se. Seja breve, busque a alegria nostálgica e feliz que mais lhe agradar, seja material, carnal, espiritual ou qualquer uma dessas tantas que existem e continuam a inventar.


No sé, es lo que queremos saber, no sé.

Um comentário:

  1. Li e curti!
    O importante, como diz uma música, é atirar-se tranquilo daqui! Abraçar. Construir. Instruir-se e instruir. E a cada dia q pudermos ver o sol, sabermos q nada do q fomos, nos veste agora.
    Lavar os degraus, os sonhos e as calçadas para enfim, encontrar um jeito bom de se deixar viver.
    :)

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