Pare e perceba. Pense na sua via, caminho, pense nos momentos e fragmentos do que chamamos de vida, só nesse plano, pense.
Você está feliz? Está feliz com seu carro novo? Seu novo namorado? Está feliz por ter conseguido o emprego que sempre quis?
E sua nova religião, traz-te paz, certo?
Repare nos demais, olhe a volta... Tanta gente fazendo o que gosta, ou o que não gosta, mais querendo sua luz no fim... Eles são felizes?
E se de repente nos vermos velhos, velhos demais pra perceber que já fomos engolidos pela vontade de sermos felizes, ambição humana, bonita, barata e digna. O que vai fazer? Vai ver o filme Into the Wild e se emocionar? Vai ter vontade de fugir do mundo social dos homens? Vender o seu fusca e correr do país emergente onde habita? Ou vai se vender para a felicidade e comprar - lá, diga - se de passagem, com ou sem dinheiro.
Chega a ser engraçado, irônico talvez. Não podemos fazer nada, vamos continuar vivendo, e alimentando nossos fomentos à salvação feliz, por mais que tentamos nos alternar seremos apenas alternativos. E não ache que a morte facilitaria tudo, você seria apenas um suicida.
A busca é o instinto, não há saída para novos hábitos, ou talvez alguém saiba desse lugar, um anjo, um deus? Mas acho que nem esses.
Veja você, todo o paradoxo. Sabemos dessa procura, busca instintiva existencial, mas ao mesmo não a nada que façamos para burlar e existir de outra forma, então renda - se. Seja breve, busque a alegria nostálgica e feliz que mais lhe agradar, seja material, carnal, espiritual ou qualquer uma dessas tantas que existem e continuam a inventar.
No sé, es lo que queremos saber, no sé.